Saturday, January 15, 2005

iPod marca o ritmo na Radiologia

Segundo a RSNAnews, o pequeno e popular ipod da Apple é cada vez mais utilizado por radiologistas de todo o mundo.


iPod Posted by Hello

Mas se pensa que é para ouvir música está enganado! Este aparelho revelou-se um óptimo meio de armazenamento e transporte de imagens médicas.
Segundo o Prof. Osman Ratib, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) “A tecnologia proveniente do mercado de consumo está a mudar a maneira de funcionamento nos departamentos de radiologia”.
O Prof. Ratib e o Dr. Antoine Rosset, um radiologista de Genebra, Suiça, desenvolveram recentemente um software de open-source, baseado no sistema operativo Macintosh, para visualização e manipulação das imagens médicas: o OsiriX.
Como se sabe os radiologistas lidam com um enorme volume de dados revelando-se o espaço no disco rígido dos computadores pessoais escasso, por maior que seja. “Um dia apercebi-me que possuía um iPod com 40 gigabytes de armazenamento, então porque não utilizá-lo como um disco duro para armazenar imagens médicas?”, explica o Prof. Ratib.
O OsiriX foi configurado pelo Dr. Rosset para detectar e reconhecer automaticamente as imagens médicas armazenadas no iPod. Quando as imagens são detectadas, estas aparecem automaticamente listadas de forma similar ao que acontece com os ficheiros musicais na aplicação iTune.
“É fácil de usar e não é necessário preocuparmo-nos com a forma como são descarregadas as imagens”, afirma o Dr. Ratib, que acrescenta que “ A melhor parte é que se pode utilizar as imagens directamente a partir do iPod. Não é necessário despender tempo a copiar as imagens para o computador”. Embora as imagens possam ser copiadas, não é necessário fazê-lo se não o pretender.
De facto o iPod pode ser comparado a uma caneta de memória gigante.
O software OsiriX é grátis e pode ser descarregado em http://homepage.mac.com/rossetantoine/osirix/.

Saturday, January 08, 2005

Novo caso

Novo caso publicado em RAD FILES.

Wednesday, January 05, 2005

Surf cria onda de lesões típicas

Segundo uma pesquisa apresentada no congresso anual da Sociedade Norte-Americana de Radiologia, realizado em Chicago no passado mês de Dezembro, os surfistas podem apresentar um conjunto de lesões tão peculiares para os clínicos como a linguagem característica que utilizam.


Fractura provocada pelo surf (RSNA)Posted by Hello

Quando os surfistas sofrem traumatismos, muitas vezes não se observam abrasões, uma vez que o impacto é frequentemente com a água e não com objectos sólidos. Os surfistas encontram-se habitualmente ligados às suas pranchas, o que facilita que estas os atinjam, mesmo após a queda.
“ Os colegas na urgência precisam de efectuar os diagnósticos rapidamente, mas sem compreender alguns dos aspectos únicos das lesões provocadas pelo surf, necessitam de despender tempo extra para determinar o que aconteceu”, afirma o autor do estudo e surfista Dr. Jeremy Kuniyoshi, um residente de Radiologia da Universidade da Califórnia em S. Diego.
O Dr. Kuniyoshi examinou as imagens de 153 doentes com traumatismos relacionados com a prática de surf e agrupou-os em três categorias, cada qual com lesões comuns associadas: a) “paddling” nas ondas; b) apanhar uma onda; c) ambiente marinho.
As lesões associadas com a primeira categoria incluem luxações do ombro, assim como traumatismos provocados pela prancha como fracturas do crânio, fracturas dos ossos da face ou lesões das cordas vocais. Lesões comuns associadas com o apanhar a onda ou surfá-la incluem traumatismo da cabeça e pescoço, fracturas dos membros superiores e inferiores e lesões dos joelhos. As lesões ambientais incluem inalação de corpos estranhos, lesões nos canais auditivos devido à agua fria, lacerações devido a outras pranchas e picadas e mordeduras de animais marinhos.
“Após ouvir a história do surfistas, pode compreender como aconteceu”, afirmou o Dr. Kuniyoshi. “Mas se não ouvir a história e não souber um pouco sobre surf, as lesões realmente não fazem sentido”
Este radiologista afirma que a prática do surf é relativamente segura e espera que o seu estudo ajude os clínicos a lidar com as lesões provocadas por este desporto.

Veja o Resumo da comunicação: Wipeout! The Unique Radiologic Manifestations and Considerations of Board Surfing Related Injuries

Tuesday, January 04, 2005

Avaliação ecográfica do ombro realizada pela primeira vez no espaço

Astronautas da Estação Espacial Internacional escrevem artigo científico

O primeiro artigo científico submetido a partir da Estação Espacial Internacional foi publicado online (http://radiology.rsnajnls.org/cgi/content/full/2342041680v1) no passado dia 8 de Novembro pela revista Radiology e será impresso na edição em papel do mês de Fevereiro desta prestigiada revista científica.



Foto RSNA Posted by Hello

Como se pode constatar numa nota de imprensa divulgada pela Radiological Society of North América (RSNA), o artigo documenta o primeiro exame ecográfico do ombro realizado durante um voo espacial em ambiente de microgravidade.
Esta experiência, denominada em Inglês ADUM (Advanced Diagnostic Ultrasound in Microgravity) pretende determinar a acuidade da ecografia em condições nunca antes experimentadas, com vista a determinar a possibilidade de monitorizar as alterações musculoesquelécticas nas tripulações dos voos espaciais.
Segundo o Oficial Científico da Estação Espacial Internacional (EEI) Michael Fincke os resultados poderão ser importantes nos cuidados médicos em terra: “O projecto ADUM demonstrou grandes capacidade a bordo da EEI, e poderá ter implicações directas na medicina em terra, nomeadamente no domínio da emergência, medicina rural e em áreas remotas”.
Em ambiente de microgravidade os astronautas experimentam uma redução da massa óssea, muscular e dos tendões durante as estadias prolongadas, aumentando o risco de contraírem lesões. Os trabalhos físicos que efectuam durante os passeios espaciais e a pouca mobilidade do segmento superior do corpo nos fatos espaciais torna a articulação do ombro especialmente vulnerável. Nesta experiência do projecto ADUM a equipa avaliou a capacidade de um tripulante não médico da EEI, obter imagens ecográficas do ombro com qualidade diagnóstica de outro tripulante. Os astronautas frequentaram um curso duas horas e meia quatro meses antes do lançamento e completaram um programa assistido por computador de uma hora já na EEI.
Durante a realização do exame ecográfico as imagens obtidas foram transmitidas para ecografistas experientes no Telescience Center no Johnson Space Center em Houston. Estes guiaram verbalmente o astronauta que realizava o exame com vista a obter a optimização das imagens para uma completa avaliação da coifa dos rotadores. Segundo os autores as imagens obtidas foram excelentes e não foram encontrados quaisquer indícios de lesões.
“O conceito de Ecografia guiada remotamente constitui um avanço significativo e clinicamente relevante na ciência espacial, com ramificações profundas na urgência e tratamento clínico”, concluiu Michael Fincke.