Avaliação ecográfica do ombro realizada pela primeira vez no espaço
Astronautas da Estação Espacial Internacional escrevem artigo científico
O primeiro artigo científico submetido a partir da Estação Espacial Internacional foi publicado online (http://radiology.rsnajnls.org/cgi/content/full/2342041680v1) no passado dia 8 de Novembro pela revista Radiology e será impresso na edição em papel do mês de Fevereiro desta prestigiada revista científica.
Foto RSNA
Como se pode constatar numa nota de imprensa divulgada pela Radiological Society of North América (RSNA), o artigo documenta o primeiro exame ecográfico do ombro realizado durante um voo espacial em ambiente de microgravidade.
Esta experiência, denominada em Inglês ADUM (Advanced Diagnostic Ultrasound in Microgravity) pretende determinar a acuidade da ecografia em condições nunca antes experimentadas, com vista a determinar a possibilidade de monitorizar as alterações musculoesquelécticas nas tripulações dos voos espaciais.
Segundo o Oficial Científico da Estação Espacial Internacional (EEI) Michael Fincke os resultados poderão ser importantes nos cuidados médicos em terra: “O projecto ADUM demonstrou grandes capacidade a bordo da EEI, e poderá ter implicações directas na medicina em terra, nomeadamente no domínio da emergência, medicina rural e em áreas remotas”.
Em ambiente de microgravidade os astronautas experimentam uma redução da massa óssea, muscular e dos tendões durante as estadias prolongadas, aumentando o risco de contraírem lesões. Os trabalhos físicos que efectuam durante os passeios espaciais e a pouca mobilidade do segmento superior do corpo nos fatos espaciais torna a articulação do ombro especialmente vulnerável. Nesta experiência do projecto ADUM a equipa avaliou a capacidade de um tripulante não médico da EEI, obter imagens ecográficas do ombro com qualidade diagnóstica de outro tripulante. Os astronautas frequentaram um curso duas horas e meia quatro meses antes do lançamento e completaram um programa assistido por computador de uma hora já na EEI.
Durante a realização do exame ecográfico as imagens obtidas foram transmitidas para ecografistas experientes no Telescience Center no Johnson Space Center em Houston. Estes guiaram verbalmente o astronauta que realizava o exame com vista a obter a optimização das imagens para uma completa avaliação da coifa dos rotadores. Segundo os autores as imagens obtidas foram excelentes e não foram encontrados quaisquer indícios de lesões.
“O conceito de Ecografia guiada remotamente constitui um avanço significativo e clinicamente relevante na ciência espacial, com ramificações profundas na urgência e tratamento clínico”, concluiu Michael Fincke.
O primeiro artigo científico submetido a partir da Estação Espacial Internacional foi publicado online (http://radiology.rsnajnls.org/cgi/content/full/2342041680v1) no passado dia 8 de Novembro pela revista Radiology e será impresso na edição em papel do mês de Fevereiro desta prestigiada revista científica.
Foto RSNA
Como se pode constatar numa nota de imprensa divulgada pela Radiological Society of North América (RSNA), o artigo documenta o primeiro exame ecográfico do ombro realizado durante um voo espacial em ambiente de microgravidade.
Esta experiência, denominada em Inglês ADUM (Advanced Diagnostic Ultrasound in Microgravity) pretende determinar a acuidade da ecografia em condições nunca antes experimentadas, com vista a determinar a possibilidade de monitorizar as alterações musculoesquelécticas nas tripulações dos voos espaciais.
Segundo o Oficial Científico da Estação Espacial Internacional (EEI) Michael Fincke os resultados poderão ser importantes nos cuidados médicos em terra: “O projecto ADUM demonstrou grandes capacidade a bordo da EEI, e poderá ter implicações directas na medicina em terra, nomeadamente no domínio da emergência, medicina rural e em áreas remotas”.
Em ambiente de microgravidade os astronautas experimentam uma redução da massa óssea, muscular e dos tendões durante as estadias prolongadas, aumentando o risco de contraírem lesões. Os trabalhos físicos que efectuam durante os passeios espaciais e a pouca mobilidade do segmento superior do corpo nos fatos espaciais torna a articulação do ombro especialmente vulnerável. Nesta experiência do projecto ADUM a equipa avaliou a capacidade de um tripulante não médico da EEI, obter imagens ecográficas do ombro com qualidade diagnóstica de outro tripulante. Os astronautas frequentaram um curso duas horas e meia quatro meses antes do lançamento e completaram um programa assistido por computador de uma hora já na EEI.
Durante a realização do exame ecográfico as imagens obtidas foram transmitidas para ecografistas experientes no Telescience Center no Johnson Space Center em Houston. Estes guiaram verbalmente o astronauta que realizava o exame com vista a obter a optimização das imagens para uma completa avaliação da coifa dos rotadores. Segundo os autores as imagens obtidas foram excelentes e não foram encontrados quaisquer indícios de lesões.
“O conceito de Ecografia guiada remotamente constitui um avanço significativo e clinicamente relevante na ciência espacial, com ramificações profundas na urgência e tratamento clínico”, concluiu Michael Fincke.
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